A Vila da Batalha nasce verdadeiramente com a construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, cresce ao longo do tempo exactamente pela sua ligação ao cenóbio dominicano e ao poder régio.   

 

   Assim sendo, no seu espaço geográfico podem ser rastreadas tanto obras de arte, como memórias de vivências humanas e profissionais que, para além do mosteiro, da igreja matriz e da Casa da Misericórdia, aí podem ser estudadas.   

 

   É também em torno do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mas já em pleno século XIX, que surge o primeiro restauro monumental segundo os princípios de intervenção da época, levado a cabo inicialmente por Luiz da Silva Mouzinho de Albuquerque, a que sucedem outros.   

   

   São então criadas e aplicadas técnicas de intervenção e, mais importante ainda, iniciado um modo de pensar os monumentos nacionais e sua preservação que irá ser extremamente importante a nível nacional, influenciando o modo como doravante irão ser intervencionados outros monumentos da responsabilidade da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. 

 

   A partir destas premissas e dos estudos recentes acerca da edificação do mosteiro e da vila, bem como dos seus artistas, o Mosteiro da Batalha/DGPC e o ARTIS, Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, em parceria com os centros de investigação CITCEM – Universidade do Porto e CLEPUL – Universidade de Lisboa e a Câmara Municipal da Batalha, consideram ser este o contexto e o momento ideal para a organização de um congresso subordinado ao tema A Batalha e o Mosteiro de Santa Maria da Vitória. História de uma Vila e da Construção do seu Mosteiro, a realizar no Mosteiro da Batalha, nos dias 12 e 13 de Novembro de 2015.